quinta-feira, 22 de julho de 2010

Meditação

A palavra meditação vem do latim, meditare, que significa voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si.
A meditação encontra-se no meio de dois pólos: a concentração e a contemplação. É associada a religiões orientais. Há dados históricos comprovando que ela é tão antiga quanto a humanidade. Não sendo exatamente originária de um povo ou região, desenvolveu-se em várias culturas diferentes e recebeu vários nomes.
Apesar da associação entre as questões tradicionalmente relacionadas à espiritualidade e essa prática, a meditação pode também ser praticada como um instrumento para o desenvolvimento pessoal em um contexto não religioso.
É fácil se observar que nossas mentes encontram-se continuamente pensando no passado (memórias) e no futuro (expectativas). Com a devida atenção, é possível diminuir a velocidade dos pensamentos, para se observar um silêncio mental em que o momento presente é vivenciado. Através da meditação, é possível separar os pensamentos da parte de nossa consciência que realiza a percepção.
É possível obter total descanso numa posição sentada e por conseguinte atingir maior profundidade na meditação assim dissolver preocupações e problemas que bloqueiam sua mente.

Prática:
Fique na posição lótus completo (na foto ao lado), o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda. Ou pode se sentar em meio lótus, só o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita ou vice-versa.
Mantenha os olhos semi-abertos, focalizados a uns dois metros à sua frente. Comece a seguir sua respiração e a relaxar todos os músculos. Concentre-se em manter sua coluna ereta e em seguir sua respiração. Solte-se quanto a tudo mais. Abandone-se inteiramente. Se quiser relaxar os músculos de seu rosto, contraídos pelas preocupações, medo e tristeza, deixe um leve sorriso aflorar em sua face. Quando o leve sorriso surge, todos os músculos faciais começam a relaxar. Quanto mais tempo o leve sorriso for mantido, melhor.
Você tem que ser capaz de obter descanso total. A técnica para tal obtenção reside em duas coisas: observar e soltar, observar a respiração e soltar tudo mais. Solte cada músculo de seu corpo. Após uns quinze minutos, uma serenidade profunda poderá ser alcançada, enchendo-o interiormente de paz e contentamento. Mantenha-se nessa quietude.Esta prática é dos melhores remédios para aliviar o stress.

Objetivos:
Os objetivos podem variar, assim como as técnicas de execução. Ela pode servir simplesmente como um meio de relaxamento da rotina diária, como uma técnica para cultivar a disciplina mental. Muitos praticantes da meditação têm relatado melhora na concentração, consciência, auto-disciplina e equanimidade.

Chakras:
A palavra “chakra” vem do Sânscrito e significa “roda de luz”, "roda da lei", "roda da vida" ou "morte". Chakras são pontos de energia de diferentes vibrações, representando diferentes aspectos do corpo, da alma e do espírito. Simbolizam a lei da natureza, estando em constante movimento. Eles estão localizados ao longo da coluna vertebral do corpo humano. Os chakras também são considerados como canais de entrada para uma espiritualidade mais elevada. Alguns clarividentes conseguem enxergar cada um desses pontos, com sua forma e cor específica.
Os chakras harmonizados nada mais são do que o equilíbrio entre as polaridades Yin (feminino, frio e úmido) e Yang (masculino, quente e seco). O esquema dos sete chakras é o mais usado nas terapias alternativas. Entretanto, existem inúmeros outros chakras menores, atuando num esquema dinâmico de intercâmbio energético.
Sua função é de receber e transmitir energia para as áreas afetadas do corpo físico, trazendo o equilíbrio. Trabalhando com os chakras, é possível unir todos os aspectos de nossas vidas, incluindo os aspectos físicos, materias, espirituais, sexuais e etc.

Os chakras são divididos da seguinte maneira:

-> Os três chakras localizados na cabeça e na região da garganta, são governados pela razão.

-> Os chakras que estão localizados na frente do corpo, são governados pela emoção.

-> Os chakras que estão localizados na parte de trás do corpo, são governados pelo desejo.

Cada chakra está associado com uma das sete cores do arco-íris.
Veja abaixo os sete principais chakras e algumas de suas características:

Primeiro CHAKRA
· vermelho
· está localizado entre a terceira e a quarta vértebras coccígeas (energia da vida)
· Atuação física: canais da bexiga e do intestino, função reprodutiva, circulatória e nervosa
· principal função: energia sexual
· governa: dimensão física
· efeito de energia bloqueada: autovergonha, falta de auto-compreensão
· a energia harmonizada proporciona: trabalho ético e a supressão dos desejos mundanos.

Segundo CHAKRA
· laranja
· está localizado entre a quarta e quinta vértebras sacrais, raiz dos órgãos genitais
· Atuação física: na digestão, reprodução e sistema hormonal, secreção biliar
· principal função: paladar
· governa: atitudes nos relacionamentos, sexo e reprodução
· efeito de energia bloqueada: pecado, culpa, raiva
· a energia harmonizada proporciona: estruturação e manutenção da saúde e movimentos rápidos.

Terceiro CHAKRA
· amarelo
· Está localizado na quarta vértebra lombar, no umbigo
· Atuação física: visão, músculos oculares
· principal função: visão física e mental, percepção de sensações
· governa: poder pessoal
· efeito de energia bloqueada: ego exaltado, medo, manipulação
· a energia harmonizada proporciona: manutenção do sistema neurovegetativo e confiança.

Quarto CHAKRA
· verde
· Está localizado sobre o coração, na sexta vértebra dorsal.
· Atuação física: circulação, sistema imunológico e endócrino
· principal função: identificação e distinção das emoções alheias, linguagem e percepção de vibrações.
· governa: doação e receptividade das situações
· efeito de energia bloqueada: insegurança, rancor
· a energia harmonizada proporciona: discernimento, autocontrole e levitação.

Quinto CHAKRA
· azul
· Está localizado entre a quarta e quinta vértebras cervicais.
· Atuação física: audição, respiração, voz e movimento da língua, produção de saliva e funções bronquiais
· principal função: audição psíquica
· governa: a comunicação e o julgamento
· efeito de energia bloqueada: ressentimentos, amargura, medo da rejeição
· a energia harmonizada proporciona: conhecimento intelectual e facilidade em aprender línguas, telepatia e leitura de pensamentos.

Sexto CHAKRA
· cor: azul celeste
· Está localizado no intercílio
· atuação física: intuição, visão de pessoas distantes
· principal função: visão com antecipação das situações
· governa: imaginação, observação e percepção
· efeito de energia bloqueada: ansiedade e preocupação
· energia harmonizada proporciona: autodomínio sobre a mente, levitação, predição.

Sétimo CHAKRA
· cor: violeta ou branco cristalino
· Está localizado na glândula pineal, no cérebro.
· atuação física: consciência cósmica, domínio completo da vida nos planos físico e astral.
· principal função: trabalha o Eu espiritual e tem domínio sobre todos os demais veículos do Homem
· governa: compreensão e liberdade
· efeito de energia bloqueada: ódio, possessividade e depressão
· a energia harmonizada proporciona: equilíbrio em todos os chakras.

Por meio da meditação podemos desenvolver as energias dos chakras de modo suave sempre começando pelo primeiro chakra.

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Luzes Infinitas a tod@s

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Yoga: Prática do Aqui e Agora

Quando se fala em Yoga, a maior parte das pessoas logo pensa no ásana, visualizando alguém em uma postura física. Contudo ele é apenas uma mínima parte do riquíssimo sistema filosófico que é o Yoga. O ásana faz parte do imenso arsenal de “ferramentas” apresentadas pelo Yoga para nos conduzir ao caminho da auto-realização e libertação espiritual.
Dentro desse sistema, os ásanas têm entre seus objetivos melhorar a saúde como um todo, através da purificação dos canais e condutos do nosso organismo, desde os mais densos até os mais sutis, os que carregam substância material e os que transportam bio-energia. Eles equilibram todos os sistemas do corpo, auxiliam na eliminação de toxinas, mantendo o organismo saudável e com vitalidade. Além disso, desenvolvem alongamento, flexibilidade, resistência e a consciência corporal e fazem uma integração entre o corpo e mente do praticante, diminuindo, dessa forma, o efeito do estresse e o aparecimento de doenças, desequilíbrios e distúrbios, sejam no nível físico, mental ou emocional.

Tudo isso para que possamos nos ver livres das aflições do corpo e da mente, que criam ansiedade, raiva, preguiça, tristeza. E assim, buscar a felicidade e a harmonia de uma vida com uma boa saúde e emoções estáveis. O bem estar proporcionado pela prática de ásanas tranqüiliza a mente e, conjuntamente com as demais práticas do Yoga, aos poucos diminui os sentimentos negativos e improdutivos, levando-nos a um estado de clareza mental e tranqüilidade para a busca da meta última da vida segundo essa filosofia: evolução espiritual.

Mas a prática isolada de ásanas não é uma garantia dos benefícios citados acima (e de muitos outros), muito embora já estejamos no caminho ao praticá-los. Apesar dos ásanas do Yoga envolverem movimentação física, não são uma modalidade esportiva ou uma ginástica, apesar de alguns benefícios físicos em comum com essas atividades. E a diferença está na pratica conjunta das demais “partes” do yoga, e também na filosofia por trás da prática, que levam o praticante a uma transformação profunda, inicialmente no aspecto físico indo gradualmente ao espiritual. Por isso, um ponto é muito importante na prática dos ásanas: o estar presente no Aqui e Agora, mantendo a atenção não apenas na execução física primorosa da posição, mas também nos sentimentos, sensações, percepções e estados mentais e emocionais que o ásana cria em nós. A perfeição na prática do ásana é antes um estado mental de presença, uma atitude de completude, tão ou mais importante até que a atitude corporal.
Segundo David Frawley, conceituado estudioso de Yoga e Medicina Ayurvédica:
“Ásana não é apenas estrutura e energia, mas também um reflexo de pensamento e intenção. Nós poderíamos chamar ásana como uma forma pensativa e mentalizadora de exercício. Os efeitos do mesmo ásana irão depender da nossa mente estar clara ou nublada, e nossas emoções estarem calmas ou turbulentas. Nós podemos fazer um ásana com precisão técnica, mas nosso estado mental é que realmente determinará o quão libertador o ásana é para nossa consciência.”

Ainda segundo esse autor, se nossa consciência não estiver envolvida durante o ásana, então nossa prática permanecerá em um nível superficial. Por isso, além de prestarmos atenção na estrutura da postura, devemos estar atentos ao que se passa em nosso mundo interno, devemos permanecer atentos ao nosso estado mental. Geralmente nossa mente está sempre vagando entre os acontecimentos, arrependimentos e nostalgias do passado e os planejamentos, temores e esperanças do futuro; o presente fica tristemente perdido entre esses dois pólos. Estar presente no aqui e no agora faz com que tenhamos mais clareza e discernimento em nossas atitudes. Isso funciona também na prática do ásana. Aliás, ela pode e deve ser utilizada para aprendermos a desenvolver esse “estado de presença”.

Nosso corpo físico é um veículo e um reflexo de nosso mundo interno. Na prática do ásana, o corpo é colocado em uma determinada posição, estruturada para trabalhar determinados aspectos, físicos e/ou mentais do praticante. Ao nos mantermos atentos e presentes em nossa prática, somos capazes de identificar o que se passa em nosso mundo interno. Passamos a ser um observador de nossas reações à postura física: nossas preferências, aversões, qual postura gostamos mais, de quais não gostamos, o que sentimos ao conseguir fazer a posição, o que sentimos quando não conseguimos, como estamos respirando, etc.
Segundo TKV Desikachar, em seu livro “ O Coração do Yoga”: “Yoga também significa agir de maneira que toda a nossa atenção esteja dirigida à atividade que estamos desenvolvendo no momento.”
No caso da prática dos ásanas, através dessa atenção e observação, uma série de informações a nosso respeito começam a surgir e podemos compará-las com as atitudes que temos no dia a dia, em outras situações, sejam no âmbito familiar ou no trabalho, no lazer, etc.
Buscando essa atitude, a prática de ásanas pode se transformar em um momento de reflexão e análise a respeito de nossas tendências e propiciar insights sobre como reagimos aos acontecimentos da vida; é um momento de svadhyaya, palavra em sânscrito que nesse contexto pode ser traduzida como auto-estudo, auto-observação. Ainda por Desikachar:
“ Yoga é uma prática de observação de si mesmo, sem julgamento.(…) É algo que experimentamos profunda e intimamente dentro de nós. Yoga não é um experiência externa. Em Yoga, tenta-se em todas as ações ser o mais atento possível em tudo o que se faz.(…) No Yoga não estamos criando algo para os outros assistirem. Quando fazemos vários ásanas, observamos o que estamos fazendo e como estamos fazendo. Fazemos apenas para nós mesmos. O praticante é o obsevador e o objeto de observação ao mesmo tempo. Se não prestarmos atenção em nós mesmos na nossa prática, não podemos chamá-la de Yoga.”
Esse auto-estudo e observação é o caminho tão desejado para o auto-conhecimento, que pode ser alcançado com o estar presente e atento ao Aqui e Agora, não apenas nas posturas do corpo, mas em todas as nossas atitudes. A prática dos ásanas pode ser um bom momento para começar, pois é dando os primeiros passos que se começa uma caminhada.
Paz profunda, equilíbrio e boa prática!