terça-feira, 30 de junho de 2009

Voe Libélula...

Vôe bem alto..!
O mais alto que puder.
Usando sua força criativa!
Porque das forças criativas nasce o nosso saber.
Do nosso saber nasse o nosso prazer.
Meu prazer é ver crianças sorrindo.
Meu prazer é ver mãos se abrindo.
E é por isso que eu faço força pra acreditar:
Que o homem um dia vai evoluir pra poder amar...

E amar muito mais pra poder evoluir!!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Eu e o Outro...

Qual é o tamanho de sua devoção? E quanto peso você é capaz de carregar? Quantas vezes já questionou suas próprias atitudes? Quando foi que você deixou de tratar as pessoas com amor?

Essa imagem me traz um sentimento de devoção... comparem o tamanho da pomba e o tamanho da árvore!! Esta pombinha está procurando um lugar onde a árvore estaria melhor e a carrega na ponta de seu bico uma vez que a outra não tem meios para se locomover. É linda esta noção de entrega... alguém já parou pra pensar o quanto é grande a diferença de pesos entre as duas personagens desta imagem!? Na minha opinião esta pomba teve tanta vontade de ir além da sua visão, do seu comodismo que escolheu ir além de suas forças, evidentemente, por amor. Amor à vida, não à sua vida mas à vida alheia... vida... vida... vida... realmente não me cansa. Hoje eu só falo com dúvidas... onde está o valor dos outros? Quando vamos deixar de ser centro? Faltam mais "pombas" como esta em nossas vidas. Quando eu oferecer um doce, eu me contento em aceitarem, ninguém precisa me devolver nada, muito menos vinagre. Continuo oferecendo minha devoção a quem de fato a merece. Sem rebuscar, sem aumentar e sem fraudar a minha imagem.

Em reciprocidade eu carrego minha devoção comigo, ainda que, como esta pomba, eu tenha que fazê-lo de forma solitária.

Arte X Verdade

"Violência, Terremoto,
Fome e Promiscuidade
dão cada foto!"
(Millôr)

A arte também pode ser uma forma de banalizar o que há de podre na vida. Como tudo na vida a arte deveria ter algumas medidas, pois, quanto mais se mostra as deformidades do nosso mundo maior se torna a nossa tolerância aquilo que um dia nos era extremamente incômodo. Se eu tivesse alguma autoridade no meio artístico passaria a delimitar a forma como se expõe todas estas manifestações afinal muitas delas não carregam nem mesmo uma autenticidade. Já vi pessoas que se inspiram em fazer fotos belíssimas da desgraça alheia movidas, amplamente, pela vaidade e isso certamente desqualifica a denúncia.
Somos seres bastante criativos e podemos nos manifestar de várias maneiras e além disso não podemos esquecer que devemos transgredir o limite entre a expressão e a ação. Se os artistas são dotados de sensibilidade para mostrar, precisamos de pessoas que ao enxergarem tal manifestação saiba e queira agir. É como se desmembrássemos a arte (ou pelo menos o artista) do sistema capitalista em que vivemos. É hora do homem transcender, ultrapassando as fronteiras da interpretação e derrubando as máscaras daqueles que atuam insensatamente apenas em busca do próprio bem estar. A cada sociólogo, artista e estudante, formadores de uma elite intelectual ridiculamente banal, sinto uma angústia profunda e vejo que falta as pessoas se organizarem estando cada uma em seu devido lugar. Talvez assim um dia a arte possa se tornar apenas um meio de entretenimento, renda e descanso numa medida descontrolada. Mas hoje nós precisamos da arte sutilmente engajada em busca de transformações efetivas da sociedade sem mais banalidades ou perspectivas sócio-econômicas que não existiriam por si só.