
Fome e Promiscuidade
dão cada foto!"
(Millôr)
A arte também pode ser uma forma de banalizar o que há de podre na vida. Como tudo na vida a arte deveria ter algumas medidas, pois, quanto mais se mostra as deformidades do nosso mundo maior se torna a nossa tolerância aquilo que um dia nos era extremamente incômodo. Se eu tivesse alguma autoridade no meio artístico passaria a delimitar a forma como se expõe todas estas manifestações afinal muitas delas não carregam nem mesmo uma autenticidade. Já vi pessoas que se inspiram em fazer fotos belíssimas da desgraça alheia movidas, amplamente, pela vaidade e isso certamente desqualifica a denúncia.
Somos seres bastante criativos e podemos nos manifestar de várias maneiras e além disso não podemos esquecer que devemos transgredir o limite entre a expressão e a ação. Se os artistas são dotados de sensibilidade para mostrar, precisamos de pessoas que ao enxergarem tal manifestação saiba e queira agir. É como se desmembrássemos a arte (ou pelo menos o artista) do sistema capitalista em que vivemos. É hora do homem transcender, ultrapassando as fronteiras da interpretação e derrubando as máscaras daqueles que atuam insensatamente apenas em busca do próprio bem estar. A cada sociólogo, artista e estudante, formadores de uma elite intelectual ridiculamente banal, sinto uma angústia profunda e vejo que falta as pessoas se organizarem estando cada uma em seu devido lugar. Talvez assim um dia a arte possa se tornar apenas um meio de entretenimento, renda e descanso numa medida descontrolada. Mas hoje nós precisamos da arte sutilmente engajada em busca de transformações efetivas da sociedade sem mais banalidades ou perspectivas sócio-econômicas que não existiriam por si só.
Somos seres bastante criativos e podemos nos manifestar de várias maneiras e além disso não podemos esquecer que devemos transgredir o limite entre a expressão e a ação. Se os artistas são dotados de sensibilidade para mostrar, precisamos de pessoas que ao enxergarem tal manifestação saiba e queira agir. É como se desmembrássemos a arte (ou pelo menos o artista) do sistema capitalista em que vivemos. É hora do homem transcender, ultrapassando as fronteiras da interpretação e derrubando as máscaras daqueles que atuam insensatamente apenas em busca do próprio bem estar. A cada sociólogo, artista e estudante, formadores de uma elite intelectual ridiculamente banal, sinto uma angústia profunda e vejo que falta as pessoas se organizarem estando cada uma em seu devido lugar. Talvez assim um dia a arte possa se tornar apenas um meio de entretenimento, renda e descanso numa medida descontrolada. Mas hoje nós precisamos da arte sutilmente engajada em busca de transformações efetivas da sociedade sem mais banalidades ou perspectivas sócio-econômicas que não existiriam por si só.